quinta-feira, 19 de maio de 2011

Educação brasileira entrando pelo cano.

"A Academia Brasileira de Letras (ABL) divulgou nota na qual discorda da posição do Ministério da Educação (MEC) quanto ao livro com erros gramaticais distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático, do próprio MEC, a 484.195 jovens e adultos em 4.236 escolas.

A ABL diz que "estranha certas posições teóricas dos autores de livros que chegam às mãos de alunos dos cursos Fundamental e Médio com a chancela do Ministério da Educação": "O manual que o Ministério levou às nossas escolas não o ajudará no empenho pela melhoria a que o Ministro tão justamente aspira".

Na obra 'Por uma vida melhor', da coleção 'Viver, aprender', a professora Heloísa Ramos defende uma suposta supremacia da linguagem oral sobre a linguagem escrita, admitindo a troca dos conceitos "certo e errado" por "adequado ou inadequado". A autora afirma num trecho: "Posso falar 'os livro?' Claro que pode, mas dependendo da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito linguístico". Em outro, cita como válidas as frases: "nós pega o peixe" e "os menino pega o peixe".

Em nota, o MEC disse ontem que "o reconhecimento da variação linguística é condição necessária para que os professores compreendam seu papel de formar cidadãos capazes de usar a língua com flexibilidade, de acordo com as exigências da vida e da sociedade". O Ministério pondera ainda que a escola "deve propiciar aos alunos ambiente acolhedor no qual variedades linguísticas sejam valorizadas e respeitadas": "Cabe à escola o papel de criar situações de aprendizagens que possibilitem aos estudantes utilizar diversas variedades linguísticas". A autora do livro também ponderou que o professor é capaz de ensinar qual linguagem é adequada em diferentes situações."

Linguagem formal é uma coisa, a informal é outra. Nossa educação já é precária. Se dermos uma voltinha pelas páginas de nossos amigos no orkut, veremos um monte de erros ortográficos:   concerteza ao invés de com certeza; conhessi ao invés de conhece; faser ao invés de fazer. Entre outras pérolas. E o MEC ainda faz uma declaração dessas. Não custa lembrar: o MEC que põe esse lixo nas mãos das crianças — e que as incentivam a ser, mais do que ignorantes conformadas, ignorantes propositivas — é o mesmo que compra e distribui livros de história em que o Apedeuta aparece como o salvador da pátria, e seu antecessor, como o verdugo".

E toda aquele discurso de unificar a linguagem portuguesa no mundo, reforma ortográfica, onde fica? O trema já caiu, o acento na ideia também. E a educação brasileira segue a mesma trajetoria, entrando pelo cano!!!!! Se já não estiver!!!

Um comentário:

  1. Concordo plenamente. Detalhe que os livros com erros ortográficos aceitos pelo MEC, vão para a escola pública, aí entra mais uma desigualdade. Como pessoas que são a maioria no nosso país vão poder concorrer com os alunos de escolas particulares tendo como base esses livros? Imagine por exemple, esses erros em uma redação da federal, certamente seria anulada.

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